O documento
ainda passará por cinco audiências públicas (uma em cada região do país).
“Só depois de reaberta a discussão com a sociedade é que será elaborado o
parecer do Conselho, o que requer tempo. Até o final do ano, provavelmente o
documento será aprovado pelo MEC”, prevê Alessio Costa, presidente da Undime. A
construção das diretrizes para o Ensino Médio deve começar apenas após a
aprovação da Medida
Provisória (MP) 746, que reforma essa etapa de ensino.
Primeira fase da
implementação
Kátia Smole, doutora em
Educação e integrante do Movimento pela Base Nacional Comum, explica que, após
a homologação do documento, a BNCC começa a valer. “Mas não dá para imaginar
que ela é homologada em setembro, por exemplo, e já começa a ser aplicada nas
escolas em fevereiro”, coloca. De acordo com ela, ainda será necessário um
programa de implementação da Base. Esse período será dedicado a pensar políticas
públicas que apoiem a consolidação do documento em conteúdos a serem ensinados
pelos professores.
Para o presidente da Undime,
será preciso um amplo trabalho de formação para que as equipes técnicas
consigam auxiliar no processo de reelaboração dos currículos com base nas
definições da BNCC. “Por isso, acreditamos que precisa existir um trabalho
articulado entre governo, municípios, estados e órgãos como Undime e Conselho
Nacional de Secretários de Educação (Consed)”, analisa Alessio. “Dentro desse
contexto, defendemos uma rede de formadores que possam ir até as cidades para
dar orientações e apoiar a reformulação dos currículos locais, o que exige um
conhecimento técnico e um processo participativo com a comunidade educadora”,
diz.
Fonte: Revista Nova Escola
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