Não foi à toa que a ONU (Organização das Nações
Unidas) decretou todo 2 de abril como sendo o Dia Mundial de Conscientização do
Autismo (World Autism
Awareness Day), desde 2008. Este é o quarto ano do evento mundial,
que pede mais atenção ao transtorno do espectro autista (nome oficial do
autismo), que é mais comum em crianças que AIDS, câncer e diabetes juntos.
No Brasil, além cartaz e do Video da campanha a data será lembrada com a iluminação
em azul (cor definida para o autismo) de vários prédios e monumentos
importantes, entre eles, o Cristo Redentor (no Rio de Janeiro) que acabou de
inaugurar uma moderna iluminação de LED, a Ponte Estaiada, o Monumento às
Bandeiras e o Viaduto do Chá (todos em São Paulo) e o prédio do Senado em
Brasília (outras ações podem ser vistas emlhttp://RevistaAutismo.com.br/DiaMundial ).
No restante do mundo, outros importantes pontos acenderão sua “luz azul”, como
no ano passado o prédio Empire State, em Nova York (Estados Unidos) e a CN
Tower, em Toronto, (Canadá).
O autismo é uma síndrome complexa e muito mais comum do que se pensa. Atualmente, o número mais aceito no mundo é a estatística do CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão do governo dos Estados Unidos: uma criança com autismo para cada 110. Estima-se que esse número possa chegar a 2 milhões de autistas no país, segundo o psiquiatra Marcos Tomanik Mercadante, citou em audiência pública no Senado Federal no fim de 2010, onde discute-se uma lei exclusiva para o autismo, liderada pelo senador Paulo Paim (PT-RS). Mercadante é um dos autores da primeira (e por enquanto única) estatística brasileira, num programa piloto por amostragem na cidade de Atibaia (SP), que registrou naquela amostragem incidência de uma para cada 333 crianças publicada no final de fevereiro último. No mundo, segundo a ONU, acredita-se ter mais de 70 milhões de pessoas com autismo, afetando a maneira como esses indivíduos se comunicam e interagem. A incidência em meninos é maior, tendo uma relação de quatro meninos para uma menina com autismo.
No ano passado, um discurso do presidente dos Estados Unidos, no dia 2, lembrou
a importância da data: “Temos feito grandes progressos, mas os desafios e as
barreiras ainda permanecem para os indivíduos do espectro do autismo e seus
entes queridos. É por isso que minha administração tem aplicado os
investimentos na pesquisa do autismo, detecção e tratamentos inovadores, desde
a intervenção precoce para crianças e os serviços de apoio à família para
melhorar o suporte para os adultos autistas”. Barack Obama ainda concluiu: “Com
cada nova política para romper essas barreiras, e com cada atitude para novas
reformas, nos aproximamos de um mundo livre de discriminação, onde todos possam
alcançar seu potencial máximo”.
No Brasil, é preciso alertar, sobretudo, as autoridades e governantes para a
criação de políticas de saúde pública para o tratamento e diagnóstico do
autismo, além de apoiar e subsidiar pesquisas na área. Somente o diagnóstico
precoce, e conseqüentemente iniciar uma intervenção precoce, pode oferecer mais
qualidade de vida às pessoas com autismo, para a seguir iniciarmos estatísticas
na área e termos idéia da dimensão dessa realidade no Brasil. E mudá-la
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