Eventual fim das abelhas não nos
deixaria só sem mel: dois terços do que comemos dependem do trabalho delas como
polinizadoras. Já faz tempo que as abelhas estão lentamente, sumindo.
O mundo está preocupado com o que pode acontecer se as pequenas
polinizadoras forem varridas da Terra - tanto que até apareceram
algumas soluções pouco ortodoxas, como uma abelha-robô.
E, pelo jeito, é melhor corrermos, porque esses insetos acabam de ser
colocados na lista de espécies em extinção pelo US Fish and Wildlife Service (FWS)- o Ibama
dos EUA. Sem
abelhas, não vai faltar só mel. É que elas funcionam como se fossem órgãos
sexuais de plantas. Uma parte considerável do Reino Vegetal conta com abelhas
para espalhar seu pólen. Sem abelhas, você castra essas plantas. E elas deixam
de existir também, o que é um péssimo negócio, mesmo para quem tem alergia a
abelhas: pelo menos dois terços da nossa comida vem direta ou
indiretamente de vegetais que precisam de abelhas para se reproduzir. Ainda não se trata de um apocalipse. Existem 25
mil espécies de abelha. Para a lista, entraram sete: Hylaeus anthracinus, Hylaeus longiceps, Hylaeus assimulans, Hylaeus facilis, Hylaeus hilaris,Hylaeus kuakea, e Hylaeus mana - todas abelhas de cara amarela,
parecidas com a abelhinha comum aqui do Brasil. As
abelhas em perigo são todas nativas do Havaí, e a hipótese do FWS é que a razão
principal tenha sido a inclusão de espécies de plantas e animais invasores, que
desequilibraram a fauna local. Outro problema é a urbanização cada vez maior
das ilhas, o que favorece o turismo descuidado e a destruição do habitat
natural dos insetos. Mas
o problema não se restringe ao Havaí, claro: desde 2006, apicultores do mundo
inteiro têm reclamado que as populações do inseto caíram. De 2012 para 2013,
31% das abelhas dos EUA tinham desaparecido; na Europa, naquele período, o
número chegou a 53%, e no Brasil, a quase 30%.
O pior é que ninguém sabe exatamente o que está causando essa catástrofe. Alguns cientistas acham que é a poluição; outros apostam nos pesticidas. Existe, também, uma doença chamada Síndrome do Colapso da Colônia, na qual as abelhas simplesmente abandonam suas colmeias sem que nada de errado aconteça. Mas a síndrome ainda é um mistério, o que deixa os cientistas de mãos atadas.
O pior é que ninguém sabe exatamente o que está causando essa catástrofe. Alguns cientistas acham que é a poluição; outros apostam nos pesticidas. Existe, também, uma doença chamada Síndrome do Colapso da Colônia, na qual as abelhas simplesmente abandonam suas colmeias sem que nada de errado aconteça. Mas a síndrome ainda é um mistério, o que deixa os cientistas de mãos atadas.
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