O 20 de Setembro é
a data máxima para os gaúchos. Neste dia celebram-se os ideais da Revolução
Farroupilha, que tinha como objetivo propor melhores condições econômicas ao
Rio Grande do Sul.
As Causas.
O
estado do Rio Grande do Sul vivia basicamente da pecuária extensiva e da
produção de charque, que era vendido para outras regiões do País. No início do
século XIX, a taxação sobre o charque gaúcho tornava o produto pouco
competitivo, e logo o charque proveniente do Uruguai e da Argentina passou a
abastecer esta demanda.
Alguns estancieiros, em sua maioria militares, propuseram ao Império Brasileiro novas alíquotas para seu produto, a fim de retomar o mercado perdido para os vizinhos do Rio da Prata. A resposta não foi nada satisfatória. Indignados com o descaso da Corte e cansados de serem usados como escudo em várias guerras na região, os gaúchos pegaram em armas contra o Império.
Alguns estancieiros, em sua maioria militares, propuseram ao Império Brasileiro novas alíquotas para seu produto, a fim de retomar o mercado perdido para os vizinhos do Rio da Prata. A resposta não foi nada satisfatória. Indignados com o descaso da Corte e cansados de serem usados como escudo em várias guerras na região, os gaúchos pegaram em armas contra o Império.
Aguerra
Em 20 de Setembro de 1835, tropas lideradas por Bento Gonçalves marcharam para Porto Alegre, tomando a capital gaúcha e dando início à guerra. O governador Fernandes Braga fugiu para a cidade portuária de Rio Grande, que tornou se a principal base do Império no estado. Em 11 de Setembro de 1836, após alguns sucessos militares, Antônio de Souza Netto proclama a República Rio-Grandense, indicando Bento Gonçalves como presidente. O líder farrapo, no entanto, mal toma posse e, na Batalha da Ilha do Fanfa sofre uma grande derrota e é levado preso para o Rio de Janeiro, e logo em seguida para o Forte do Mar, em Salvador, de onde fugiria espetacularmente.
A revolução se estendeu por dez anos e teve altos e baixos para os dois lados. Um dos pontos altos foi a tomada de Laguna, em Santa Catarina com a ajuda do italiano Giuseppe Garibaldi, em 1839. Finalmente os farroupilhas tinham um porto de mar. Ali foi fundada a República Juliana (15 de julho de 1839). Após dez anos de batalhas, com Bento Gonçalves já afastado da liderança e com as tropas já muito desgastadas, os farrapos aceitam negociar a paz. Em fevereiro de 1845 é então selada a paz em Poncho Verde, conduzida pelo general Luís Alves de Lima e Silva. Muitas das reivindicações dos gaúchos foram atendidas e a paz voltou a reinar no Brasil.
A cultura
Em 20 de Setembro de 1835, tropas lideradas por Bento Gonçalves marcharam para Porto Alegre, tomando a capital gaúcha e dando início à guerra. O governador Fernandes Braga fugiu para a cidade portuária de Rio Grande, que tornou se a principal base do Império no estado. Em 11 de Setembro de 1836, após alguns sucessos militares, Antônio de Souza Netto proclama a República Rio-Grandense, indicando Bento Gonçalves como presidente. O líder farrapo, no entanto, mal toma posse e, na Batalha da Ilha do Fanfa sofre uma grande derrota e é levado preso para o Rio de Janeiro, e logo em seguida para o Forte do Mar, em Salvador, de onde fugiria espetacularmente.
A revolução se estendeu por dez anos e teve altos e baixos para os dois lados. Um dos pontos altos foi a tomada de Laguna, em Santa Catarina com a ajuda do italiano Giuseppe Garibaldi, em 1839. Finalmente os farroupilhas tinham um porto de mar. Ali foi fundada a República Juliana (15 de julho de 1839). Após dez anos de batalhas, com Bento Gonçalves já afastado da liderança e com as tropas já muito desgastadas, os farrapos aceitam negociar a paz. Em fevereiro de 1845 é então selada a paz em Poncho Verde, conduzida pelo general Luís Alves de Lima e Silva. Muitas das reivindicações dos gaúchos foram atendidas e a paz voltou a reinar no Brasil.
A cultura
A
Revolução Farroupilha é o mito fundante da cultura gaúcha. É a partir dela que
se estabelece toda a identidade do povo gaúcho, com suas tradições e seus
ideais de liberdade e igualdade. Hoje a cultura gaúcha é reverenciada não só no
estado, mas no país e no mundo, através dos milhares de CTGs (Centro de Cultura
Gaúcha) espalhadas por todos os cantos. E a cada 20 de Setembro, o gaúcho
reafirma o orgulho de suas origens e o amor por sua terra.
Hino Rio-Grandense
Letra: Francisco Pinto da Fontoura
Música: Joaquim José de Mendanha
Harmonia: Antônio Corte Real
Música: Joaquim José de Mendanha
Harmonia: Antônio Corte Real
Como a aurora
precursora
Do farol da divindade
Foi o Vinte de
Setembro
O precursor da
Liberdade
Mostremos valor,
constância
Nesta ímpia e injusta
guerra
Sirvam nossas
façanhas
De modelo a toda a
terra
Mas não basta pra ser
livre
Ser forte, aguerrido
e bravo
Povo que não tem
virtude
Acaba por ser escravo
Mostremos valor,
constância
Nesta ímpia e injusta
guerra
Sirvam nossas
façanhas
De modelo a toda a
terra
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