Lição de casa sem fazer ou feita de
qualquer jeito, na frente da televisão ou na pressa. Essa é uma reclamação
frequente de pais e professores. Mas o que as famílias, com o apoio da escola,
podem fazer para prevenir ou transformar a situação?
No que diz respeito a nós, educadores, precisamos acertar mais na definição da natureza da tarefa. Essas atividades precisam cumprir suas funções de sistematização de conhecimento, ampliação de saberes e de investigação. Não basta que elas sejam apenas parte da rotina escolar sem um objetivo claro. Além disso, é preciso equilibrar níveis de desafios das lições, tendo em vista o desenvolvimento da autonomia do aluno.
Mas estudar com progressiva autonomia é uma aprendizagem que requer investimentos - da ordem de atitudes e procedimentos – e muitos estudantes precisam de ajuda para se organizar. Considerando os diferentes ritmos e estilos de aprendizagem, os familiares devem ajudar os filhos a estabelecer uma rotina diária com metas pessoais de estudo. Para tanto, em vez de seguir receitas, uma dica valiosa é ouvir as crianças sobre suas produções e se interessar pelo que elas estão estudando.
Há pesquisas que indicam como mães analfabetas acompanham os filhos e têm resultados promissores mesmo sem dominar os conteúdos escolares (recomendo o texto Leitura: Algo que se Transmite entre as Gerações?, disponível no livro Letramento no Brasil: Reflexões a partir do Inaf 2001, que conta a trajetória acadêmica de Fabiana, estudante de classe popular). Essas mães demonstram um interesse cotidiano pelas produções de suas crianças, insistem na instituição de horários de estudo em casa e vão à escola pelo menos uma vez a cada bimestre para conversar com os professores e receber feedback sobre as aprendizagens.
Sabemos que o incentivo e a participação dos responsáveis na vida acadêmica dos nossos alunos favorece a aprendizagem. Nesse sentido, faço uma lista de algumas atitudes que qualificam o apoio familiar aos estudantes. Se julgar interessante, você pode compartilhar com os pais aí da sua escola:
- Reserve um espaço na agenda para acompanhar as produções das crianças. Sente com seu filho e faça uma checagem do que aconteceu na semana e dos compromissos da próxima. Há algum trabalho, prova ou tarefa mais complexa que exija maior investimento de tempo?
- Defina um horário para fazer as tarefas. Isso ajuda a manter não só uma rotina de estudos, mas um compromisso com as responsabilidades da escola.
- Mantenha um ambiente propício para a concentração e foco nas atividades. Televisão, eletrônicos, ambientes movimentados ou barulhentos, por exemplo, podem disputar muito a atenção da criança.
- Disponibilize materiais complementares, como dicionários, mapas, fitas métricas, calendários, livros literários e jogos para os anos iniciais. Eles podem auxiliar os estudos e facilitar o entendimento de alguns conceitos e atividades.
- Frequente bibliotecas, cinemas, museus e outros espaços culturais que enriqueçam as práticas realizadas na escola, instiguem a curiosidade e ampliem o repertório deles.
- Conheça o programa do bimestre ou trimestre e o que seu filho precisa aprender.Cabe à escola oferecer todas as informações pedagógicas e, aos pais, acompanhar essas práticas.
- Estabeleça uma rotina de comunicação, seja presencial ou à distância, com a escola e saiba como está o desempenho do seu filho. Esse contato pode ser por telefone, e-mail ou mesmo por meio da agenda.
- Aproxime-se do que seu filho considera significativo. Peça, por exemplo, que ele compartilhe uma atividade que gostou de realizar na escola. Apreciar e valorizar o que as crianças desenvolvem pode fortalecer a relação e servir de incentivo para se dedicarem mais os estudos.
- Observe se ele está enfrentando alguma dificuldade. Em caso afirmativo, procure a instituição que ele estuda, compartilhe as suas percepções, peça orientações mais específicas e busque saber sobre possíveis planos de apoio pedagógico.
No conjunto das dicas, destaco o que é mais importante: é preciso superar a visão idealizada de estudante e valorizar os avanços e o crescimento de cada um, respeitando os diferentes estilos de aprendizagem.
No que diz respeito a nós, educadores, precisamos acertar mais na definição da natureza da tarefa. Essas atividades precisam cumprir suas funções de sistematização de conhecimento, ampliação de saberes e de investigação. Não basta que elas sejam apenas parte da rotina escolar sem um objetivo claro. Além disso, é preciso equilibrar níveis de desafios das lições, tendo em vista o desenvolvimento da autonomia do aluno.
Mas estudar com progressiva autonomia é uma aprendizagem que requer investimentos - da ordem de atitudes e procedimentos – e muitos estudantes precisam de ajuda para se organizar. Considerando os diferentes ritmos e estilos de aprendizagem, os familiares devem ajudar os filhos a estabelecer uma rotina diária com metas pessoais de estudo. Para tanto, em vez de seguir receitas, uma dica valiosa é ouvir as crianças sobre suas produções e se interessar pelo que elas estão estudando.
Há pesquisas que indicam como mães analfabetas acompanham os filhos e têm resultados promissores mesmo sem dominar os conteúdos escolares (recomendo o texto Leitura: Algo que se Transmite entre as Gerações?, disponível no livro Letramento no Brasil: Reflexões a partir do Inaf 2001, que conta a trajetória acadêmica de Fabiana, estudante de classe popular). Essas mães demonstram um interesse cotidiano pelas produções de suas crianças, insistem na instituição de horários de estudo em casa e vão à escola pelo menos uma vez a cada bimestre para conversar com os professores e receber feedback sobre as aprendizagens.
Sabemos que o incentivo e a participação dos responsáveis na vida acadêmica dos nossos alunos favorece a aprendizagem. Nesse sentido, faço uma lista de algumas atitudes que qualificam o apoio familiar aos estudantes. Se julgar interessante, você pode compartilhar com os pais aí da sua escola:
- Reserve um espaço na agenda para acompanhar as produções das crianças. Sente com seu filho e faça uma checagem do que aconteceu na semana e dos compromissos da próxima. Há algum trabalho, prova ou tarefa mais complexa que exija maior investimento de tempo?
- Defina um horário para fazer as tarefas. Isso ajuda a manter não só uma rotina de estudos, mas um compromisso com as responsabilidades da escola.
- Mantenha um ambiente propício para a concentração e foco nas atividades. Televisão, eletrônicos, ambientes movimentados ou barulhentos, por exemplo, podem disputar muito a atenção da criança.
- Disponibilize materiais complementares, como dicionários, mapas, fitas métricas, calendários, livros literários e jogos para os anos iniciais. Eles podem auxiliar os estudos e facilitar o entendimento de alguns conceitos e atividades.
- Frequente bibliotecas, cinemas, museus e outros espaços culturais que enriqueçam as práticas realizadas na escola, instiguem a curiosidade e ampliem o repertório deles.
- Conheça o programa do bimestre ou trimestre e o que seu filho precisa aprender.Cabe à escola oferecer todas as informações pedagógicas e, aos pais, acompanhar essas práticas.
- Estabeleça uma rotina de comunicação, seja presencial ou à distância, com a escola e saiba como está o desempenho do seu filho. Esse contato pode ser por telefone, e-mail ou mesmo por meio da agenda.
- Aproxime-se do que seu filho considera significativo. Peça, por exemplo, que ele compartilhe uma atividade que gostou de realizar na escola. Apreciar e valorizar o que as crianças desenvolvem pode fortalecer a relação e servir de incentivo para se dedicarem mais os estudos.
- Observe se ele está enfrentando alguma dificuldade. Em caso afirmativo, procure a instituição que ele estuda, compartilhe as suas percepções, peça orientações mais específicas e busque saber sobre possíveis planos de apoio pedagógico.
No conjunto das dicas, destaco o que é mais importante: é preciso superar a visão idealizada de estudante e valorizar os avanços e o crescimento de cada um, respeitando os diferentes estilos de aprendizagem.
Fonte: Nova Escola
Nenhum comentário:
Postar um comentário