O
cuidado com a voz é importante para o bem-estar do professor e também colabora
com a prática pedagógica
O professor faz parte de uma das
categorias profissionais que mais se comunicam oralmente durante o trabalho.
Todos os dias, fala por várias horas para cerca de 30 pessoas, frequentemente
em um ambiente com interferências externas, o que o leva a forçar cada vez mais
a voz. Sem entender os sintomas, muitos levam essas situações até o limite,
quando as cordas vocais estão feridas, o que interfere na rotina de trabalho.
Segundo Leslie Ferreira,
coordenadora do Laboratório de Voz (Laborvox), da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (PUC-SP), cerca de 60% dos docentes apresentam sintomas
como rouquidão, cansaço ao falar, disfonia e pigarro. Fabiana Zanbom,
fonoaudióloga do Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro), acrescenta:
"Como há pouca informação sobre o tema, muitos professores não procuram
ajuda e a maioria chega ao consultório médico já com alterações de voz".
Para ela, a orientação durante a faculdade de Pedagogia e os cursos de
licenciatura poderia colaborar para que esse tipo de problema se tornasse menos
comum.
Quem já chegou ao limite precisa
buscar atendimento médico, mas o melhor caminho é a prevenção. O Ministério da
Educação (MEC), no entanto, não tem um programa voltado a evitar os distúrbios
vocálicos. E, embora muitas redes de ensino promovam ações nesse sentido, a
maior parte delas é pontual e não existe mais. Faltam, portanto, programas
permanentes que orientem os educadores.
Para tentar preencher essa
lacuna, foi criado em 2011 um grupo de discussão no Ministério da Saúde. A
iniciativa não é exclusivamente para escolas e nos próximos meses deve ser
lançado um documento com indicações para garantir ambientes de trabalho mais
saudáveis e organizados. As orientações incluem, por exemplo, controle de
ruído, ventilação correta e espaços para descanso.
Mudanças simples em seus hábitos podem colaborar
para preservar a sua voz e evitar problemas futuros
Sem ruídos Feche as portas e as janelas para ajudar a manter a concentração da turma e poupar sua voz da competição com o ruído que vem da rua e do corredor.
Postura ereta Ao ficar em pé, você consegue se expressar com mais facilidade e tem um controle maior sobre os alunos. Evitando a bagunça, poupa a voz.
Ajuda do som Converse com a coordenação da escola para que ela disponibilize microfones a todos que necessitam. Faça acordos com os alunos para eliminar os gritos.
Longe do quadro Se você usa giz, o pó pode ser inalado e secar sua garganta. Por isso, fale virado para a turma. A atitude também favorece a comunicação com a classe.
Momentos de pausa Quando os alunos estão fazendo um trabalho em grupos, aproveite para poupar a sua voz para a continuação da aula.
Um santo remédio Tomar água propicia intervalos e hidrata as cordas vocais. Prefira o líquido a pastilhas, que podem fazer mal, em vez de ajudar.
Sem ruídos Feche as portas e as janelas para ajudar a manter a concentração da turma e poupar sua voz da competição com o ruído que vem da rua e do corredor.
Postura ereta Ao ficar em pé, você consegue se expressar com mais facilidade e tem um controle maior sobre os alunos. Evitando a bagunça, poupa a voz.
Ajuda do som Converse com a coordenação da escola para que ela disponibilize microfones a todos que necessitam. Faça acordos com os alunos para eliminar os gritos.
Longe do quadro Se você usa giz, o pó pode ser inalado e secar sua garganta. Por isso, fale virado para a turma. A atitude também favorece a comunicação com a classe.
Momentos de pausa Quando os alunos estão fazendo um trabalho em grupos, aproveite para poupar a sua voz para a continuação da aula.
Um santo remédio Tomar água propicia intervalos e hidrata as cordas vocais. Prefira o líquido a pastilhas, que podem fazer mal, em vez de ajudar.
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